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sábado, 13 de outubro de 2012

O mundo do faz de conta

A imaginação infantil não tem limites e suas narrativas, brincadeiras e desenhos carregam informações importantes que merecem a atenção de pais e educadores.

O universo dos pequenos é pleno de encantamento. Afinal, já disse o poeta: " Numa folha qualquer eu desenho um Sol amarelo e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo." Uma produção cultural, mesmo que feita por crianças ainda não alfabetizadas, está sendo repleta de significado.
Saber interpretar esses códigos não é tarefa das mais fáceis, porém muitas são as pistas para entende-los.

A psicóloga e psicoterapeuta Natércia Tiba, autora do livro "Mulher sem escript", diz que cada atividade realizada pelos pequenos possui sua importância e, por isso, destaca quatro delas:

Brincar: é uma forma saudável de se conhecer e se desenvolver. Há várias formas e elas mudam de acordo com a fase do desenvolvimento infantil. Por meio de brincadeiras, a criança testa suas habilidades em relação á realidade. É uma forma de se relacionar com o mundo de maneira mais protegida e divertida. Brincar sozinha é importante para se conhecer e experimentar suas capacidades. Conforme cresce, as brincadeiras se tornam mais elaboradas e passam a ser a principal forma de interação com outras crianças.

Faz de conta: é uma das formas do brincar. Fica mais acentuado na fase da imitação, quando compreende a realidade experimentando dentro do contexto da brincadeira. É um momento de imaginação, fantasia e criatividade, no qual exerce diferentes papéis, posturas, atitudes, mas protegida pelo personagem que desempenha.

Desenhar: é uma forma de expressão interna e, ao mesmo tempo, expressão das capacidades cognitivas e motoras das crianças. Por meio do desenho, é possível demonstrar sentimentos e também a maneira como percebe a realidade. Por não ser verbal, nos diz muito mais pela emoção que provoca em nós do que por interpretação. Quando houver uma expressão muito forte, os pais, sempre atentos aos filhos, certamente a notarão e ela não acontecerá apenas nas produções culturais, mas também em comportamento e sintoma psicomáticos.

Narrativa: demonstra de que maneira a criança compreende a realidade. No desenho, as expressões internas aparecem de um jeito mais simbólico, já na narrativa, as hipóteses de compreensão da realidade ficam mais claras, ou seja, a forma como a criança relaciona os fatos. Também é uma importante maneira de expressão, mas não deve ser interpretada pelo olhar adulto e sim dentro do contexto e dos momentos de desenvolvimento da criança. Para se compreender o universo infantil a partir de suas produções, é preciso se desvencilhar do olhar interpretativo adulto, que muitas vezes cria hipóteses elaboradas demais para o universo infantil.;

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